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Resultado PISA 2018: para onde vai a educação brasileira?

A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça (03/12/19) o PISA 2018, ranking mundial de proficiência em leitura, ciências e matemática.

O ranking, que é o resultado de avaliações realizadas com alunos de 15 anos de 79 países, é feito a cada 3 anos pela OCDE e coleta dados socioeconômicos e produz indicadores de aprendizado que norteiam instituições e governos em busca de melhorias contínuas na educação. 

O Brasil ficou abaixo da média geral da OCDE nas três categorias. 

“Somente 2% dos estudantes performaram no maior nível de proficiência (nível 5 ou 6) em pelo menos um assunto (média OCDE: 16%) e 43% dos estudantes pontuaram abaixo do nível mínimo de proficiência (nível 2) nos três assuntos (média OCDE: 13%)”, diz o relatório.

O estudo ainda apontou que a performance dos estudantes brasileiros permaneceu na mesma posição nos últimos 10 anos. Além disso, o fator socioeconômico foi um dos pontos de desvantagem no ranking: na leitura, por exemplo, os alunos brasileiros favorecidos, superaram os desfavorecidos em 97 pontos (média OCDE: 89 pontos).

As posições do Brasil no ranking geral foram de: 57º lugar em leitura, contra 59º em 2015, com média 413; em matemática ficou em 70º lugar, com média de 384 pontos e em ciências ficou em 66º, com média de 404.  

Quando se observa a média dos países participantes do PISA, é ainda maior a diferença; tornando ainda mais preocupante os indicadores brasileiros. A média de pontos dos países participantes para leitura foi de 487, matemática 489 e ciências foi de 489.

Entre os 20 primeiros, estão China, Singapura, Finlândia e Canadá.

Infográfico PISA – ranking completo

> Leitura recomendada: Blog InterGroup: Porque a educação na Finlândia é padrão de excelência mundial?


Qual o papel das EdTechs na aceleração da educação?

Apesar de figurar entre os piores, o Brasil é um dos países que mais investe em educação. Cerca de 6% do PIB brasileiro é voltado para a educação, acima da média de 5,5% dos demais países da OCDE. Como o investimento em educação no Brasil só aumenta e o resultado em desempenho escolar continua tão abaixo da média? 

Em artigo no Linkedin, o CEO do InterGroup, Arsenio Pagliarini, aponta que é preciso aumentar o preparo das instituições – de modo geral – para ofertar conteúdo de qualidade e que acompanhe a velocidade das mudanças causadas pela tecnologia. 

A falta de preparo das instituições é diretamente proporcional à carência de profissionais qualificados no mercado de trabalho.

Segundo Arsenio,

os professores são, sem dúvida, os mais preparados para fazer a ponte com o aprendizado, mas sua função deixou de ser simplesmente ensinar e, sim, ser um mentor de seus alunos. Esta nova postura abre uma janela para que “professores e profissionais do mercado trabalhem juntos na formação profissional, associando estratégia pedagógica com a incorporação de novos cursos elaborados por quem vive e sabe quais são as dores de encontrar talentos mais preparados para fazer realmente a diferença, especialmente em organizações que são confrontadas todos os dias por novas tecnologias e novos modelos disruptivos com poder de roubar clientes de quem até hoje desfrutou de uma ‘supostamente intocável zona de conforto’.”, afirma.

Leia o artigo completo: https://hubs.ly/H0lLGmq0

O caminho para o futuro – ou o presente – da educação no Brasil, começa a partir de investimentos ainda mais intensos em tecnologia e conteúdo, para desenvolver e preparar, com mais qualidade, os jovens e adolescentes da geração atual.

Por outro lado, saber que as edtechs estão chegando para acelerar essa transformação é algo que aponta para um cenário promissor. Em 2020, o mercado global das edtechs deverá movimentar cerca de US$ 252 bilhões, segundo o EdTechXGlobal. 

Estamos vivendo uma mudança radical na forma de aprender e ensinar. Realidade aumentada, inteligência artificial, automação inteligente no mercado de trabalho… temas que irão confrontar cada vez mais a forma de educar, transformando a sala de aula em um ambiente conectado e integrado.

Fica a pergunta: será que as 364 edtechs existentes no Brasil serão capazes de colaborar com o aumento da pontuação brasileira no PISA de 2021?

Até o próximo artigo!