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Mercado EAD ganha força durante a pandemia

A previsão é que em 2022 o ensino a distância supere, em número de alunos, o presencial. Antes a expectativa era que isso ocorresse somente em 2023.

A pandemia trouxe uma nova realidade para alunos e professores, o ensino a distância. Com isso, houve uma intensificação da expansão desse mercado, que vem registrando crescimentos significativos desde 2015. Uma pesquisa da Educa Insights em conjunto com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior - Abmes, revelou que entre os 963 potenciais alunos entrevistados, 30% querem ingressar ainda este ano em um curso EAD, enquanto a porcentagem dos entrevistados que pretendem começar um curso presencial em 2020 é de apenas 7%.

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A Abmes também projetou que os cursos EAD terão mais alunos que os presenciais em 2022, um ano mais cedo do que o previsto antes do novo coronavírus. De acordo com o Google, o mecanismo de busca teve um crescimento de 130% nas pesquisas relacionadas ao assunto durante a pandemia. Segundo a Catho Educação, entre os dias 21 de março e 6 de abril, houve um aumento de 70% de matriculados em cursos EAD.

No entanto, o crescimento do setor é anterior ao cenário atual. O relatório anual Censo EAD.BR de 2018/2019, realizado pela ABED - Associação Brasileira de Educação a Distância, aponta que o número de estudantes aprendendo a distância ultrapassou os 9 milhões, fazendo com que os cursos EAD registrassem um aumento de 17% no número de alunos de um ano para outro. Mais de 1,5 milhão de pessoas aderiram a modalidade nesse período.

Quebras de paradigmas e preconceitos sobre o EAD

A necessidade da educação a distância imposta pela pandemia abriu maiores discussões sobre os benefícios da modalidade. Um dos paradigmas ressaltados foi a ideia de que tecnologia é prejudicial à educação. Realmente aparelhos eletrônicos podem desviar a atenção dos alunos, porém o EAD tem demonstrado que os aparatos tecnológicos, quando submetidos aos métodos corretos, podem melhorar e inovar a aprendizagem.

O cenário da educação atual tem sido uma oportunidade para que os professores entendam como usar as ferramentas tecnológicas disponíveis. As estatísticas do relatório anual da ABED também mostraram a diversidade de materiais oferecidos por cursos totalmente a distância e semipresenciais, mais de 80% deles usam teleaulas e textos digitais.

E 77% dos cursos totalmente EAD proporcionam vídeos variados e cerca de 55% oferecem podcasts aos alunos. Além disso, 40% deles não deixam de usar livros impressos. Nos últimos anos surgiram novos recursos para melhorar o usabilidade e acessibilidade das plataformas de ensino EAD, assim como outras estratégias para a realização de aulas online.

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Com isso, o ensino a distância tem diferentes recursos tecnológicos para manter uma boa qualidade de ensino, desconstruindo ideias como as de que cursos a distância são sempre piores que os presenciais ou que são incapazes de promover interações. Com a tecnologia e digitalização do mundo atual, as modalidades de ensino a distância são, absolutamente, capazes de ter a mesma efetividade que as presenciais.

Mas, para isso acontecer, os educadores precisam compreender e diversificar as ferramentas disponíveis neste novo universo de ensino digital. Nesse sentido, a pandemia é uma oportunidade para que professores, instituições de ensino e alunos se abram para as possibilidades dos cursos a distância.

Além disso, existem outras vantagens que fazem com que as instituições de ensino passem a implementar a modalidade e até mesmo pensem em modelos híbridos de educação pós-pandemia. Por exemplo, nas aulas a distância os estudantes tendem a ter um papel mais ativo, pois recai sobre eles uma maior responsabilidade com a sua aprendizagem, que depende também do uso que fazem das redes de informações disponíveis no digital.

A flexibilidade, mensalidades mais acessíveis e um maior espaço para recursos multimídias também são benefícios dos cursos não presenciais. Sem contar a economia pela não necessidade de pagar aluguel e fazer uma manutenção do espaço físico, além do gasto com o deslocamento de pessoas que fica nulo.

 

"Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança"

Hawking, Stephen.